Insônia, o verdadeiro pesadelo noturno.

Você fica na cama virando de um lado para o outro e não consegue dormir? Você provavelmente sofre de insônia. Vem entender porquê isso é tão comum hoje em dia e quais são as opções de tratamento.

A insônia é o distúrbio de sono mais comum na população. Ele vai muito além da definição universal de “dificuldade para dormir”, envolvendo uma complexidade nas diversas causas e consequências dessa situação.

Esta alteração do sono reflete tanto no estado físico quanto no psicológico e tem a sua intensidade variada para cada pessoa, dependendo do motivo, frequência e outros fatores.

Apesar de ser a mais comum, a insônia é apenas um dos distúrbios que provocam alterações do sono. Problemas respiratórios durante o sono, a síndrome das pernas inquietas e a narcolepsia são outros distúrbios que afetam o sono.

O que os estudos dizem?

Segundo a Classificação Internacional dos transtornos de sono (International Classification of sleep disorders – ICSD), em sua 3ª edição, a insônia pode ser definida como dificuldade persistente para início, duração ou consolidação, ou qualidade do sono, que ocorre a despeito de adequada oportunidade e circunstância para adormecer e prejudica o período diurno.

Como identificar a insônia?

A duração da queixa é um critério importante. Quando os sintomas duram mais de três meses, é chamamos insônia crônica.

Esta queixa pode estar acompanhada de sintomas como a fadiga, alteração de humor, perda da concentração e atenção, mas ela também pode ser a origem outros diferentes sintomas.

Além disso, a insônia pode ser parte de um evento estressor que acaba perpetuando-se por mau condicionamento do paciente, seja por doenças ou hábitos ruins na hora de dormir.

Quais são os tipos de insônia? 

A insônia pode ser um sintoma no contexto de uma doença ou representar um transtorno. Repare, no segundo caso a dificuldade para dormir é o próprio problema, e não a consequência de outro.

Como diferenciar?

O que diferencia a insônia sintoma da insônia transtorno é a dimensão do impacto clínico e a origem.

Contudo, em algumas situações ela pode se iniciar como sintoma e se “transformar” em transtorno, o que acaba dificultando o diagnóstico.

Muitas doenças psiquiátricas são facilmente associadas à dificuldade para dormir, podendo estar, inclusive, entre os critérios diagnósticos. Geralmente, mesmo quando os distúrbios psiquiátricos são tratados, a dificuldade para dormir pode continuar existindo. 

O que pode induzir a insônia?

A dificuldade para dormir pode estar relacionada a várias causas, como distúrbios respiratórios, alterações na tireoide, menopausa, gravidez e doenças neurológicas.

Além disso, alguns medicamentos e substâncias como o café, chá-preto e guaraná, funcionam como estimulantes, e induzem o nosso corpo a se manter ativo e, consequentemente, dificultando o processo do sono.

É comum ter insônia?

Perder o sono não é um evento incomum, no entanto, se esse episódio começar a ser recorrente, não ignore. Procure um profissional da saúde.

As consequências da insônia podem impactar o psicológico, afetando o rendimento diurno e desregulando metabolismo. Tudo isso pode aumentar o risco de diabetes, de doenças cardio ou cerebrovasculares, aumentando, consequentemente, o risco de infarto ou AVC.

Como evitar?

É sempre importante tentar determinar a causa da insônia para evitar a perpetuação e os efeitos prejudiciais para a saúde física e mental.

Hoje em dia, vários medicamentos conseguem fazer o controle desse distúrbio, porém, essa é uma escolha que deve ser feita única e exclusivamente pelos profissionais da saúde. Nunca recorra à automedicação, ela pode trazer ainda mais danos para a sua saúde.

Contudo, existem algumas medidas que você pode tomar que vão ajudar a combater a insônia. A Higiene do Sono é simples de ser feita e não apresenta nenhum risco à saúde.

Como fazer a Higiene do Sono?

Ter uma boa noite de sono é ter qualidade de vida.

Ter um episódio de insônia pode parecer normal, mas quando a situação começa a se repetir, ela merece a sua atenção e dos profissionais de saúde.

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